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COMUNICADO ? IMPRENSA 22 de dezembro de 2017

Tirando proveito da transforma??o demográfica: Actualidade Económica de Mo?ambique

MAPUTO, 22 de Dezembro de 2017 - Os desenvolvimentos na segunda metade deste ano indicam que o abrandamento do desempenho económico de Mo?ambique pode estar a instalar-se e a tornar esta economia, outrora em rápido crescimento, numa economia com um ritmo de crescimento mais modesto, apenas ligeiramente superior ao crescimento populacional.

Mo?ambique está a transitar para um período de crescimento lento e uma maior concentra??o.

Prevê-se que o crescimento do PIB caia para 3,1 por cento em 2017, apesar do crescimento substancial nas exporta??es de carv?o e alumínio. Embora estas exporta??es tenham disparado, as pequenas e médias empresas ficaram ainda mais para trás, com destaque para o sector da indústria transformadora, que, pela primeira vez desde 1994, registou uma contrac??o. A Actualidade Económica de Mo?ambique faz nota que existe um efeito de crowding-out das pequenas e médias empresas e que nem mesmo o crescimento significativo nas exporta??es de matérias-primas é suficiente para contrabalan?ar os efeitos que isso está a ter na economia. O nível de concentra??o na economia também intensificou em 2017. Há algumas matérias-primas a dominar as exporta??es e responsáveis por uma maior quota de entrada de divisas, o que aumenta a exposi??o a choques externos. A maior concentra??o de produ??o no sector dos minerais e da indústria extractiva mantêm Mo?ambique rumo a uma economia a duas velocidades, que tem, hoje, menos capacidade para gerar empregos suficientes para absorver o influxo líquido de quase 500.000 pessoas por ano que dever?o juntar-se à for?a de trabalho a cada ano, ao longo da próxima década. As tendências observadas em 2017 deixam claro que Mo?ambique precisa de redobrar esfor?os no sentido de apoiar as pequenas e médias empresas e de olhar para além do sector dos extractivos para alcan?ar o tipo de crescimento adequado.

Uma resposta mais forte em termos de políticas fiscais e mais transparência s?o cruciais para a recupera??o.

A escala dos choques enfrentados pela economia de Mo?ambique nos últimos dois anos foi imensa. No entanto, à medida que se verifica uma melhoria nos pre?os das matérias-primas e nas condi??es para a prática agrícola, e os factores externos representam menos impedimentos, a economia volta-se para a resposta em termos de políticas na sua busca pela recupera??o. Medidas decisivas em termos de política monetária e um sólido desempenho em termos exporta??es de matérias-primas ajudaram a estabilizar o Metical e a reduzir a infla??o em 2017. A política fiscal também come?ou a responder, porém a um ritmo mais lento. Fez-se progresso na reforma de subsídios e fortalecimento das receitas, mas é necessário fazer mais com vista a estabilizar as perspectivas macroeconómicas através de medidas de política fiscal mais definitivas, de modo a reequilibrar a combina??o de políticas. A política monetária tem sido activa e contribuiu para a estabiliza??o da moeda numa altura crítica. ? medida que a infla??o continua a cair, está agora a abrir-se espa?o para que o ciclo da política monetária comece a aliviar, o que iria melhorar o acesso do sector privado ao crédito. No entanto, tal exige uma resposta mais apertada em termos de política fiscal e níveis de dívida mais sustentáveis. Também exigiria uma abordagem mais proactiva na forma como se encaram os riscos fiscais prevalecentes das fragilidades das empresas do sector empresarial do Estado e uma maior transparência no que concerne ao tratamento da investiga??o das dívidas ocultas, para que se restaure a confian?a nos investidores e doadores.

Tirando proveito da transforma??o demográfica.

O destaque especial desta edi??o da Actualidade Económica de Mo?ambique, discute o desafio de transformar a popula??o jovem, e em crescimento, do país num dividendo demográfico para o crescimento futuro, uma agenda cada vez mais urgente dada a transi??o para uma economia mais baseada na extrac??o de recursos naturais. Mo?ambique fica atrás de outros países da ?frica subsaariana no que toca ao arranque de uma transi??o demográfica. Desde aproximadamente 2000-2010, que n?o se assistiu a qualquer progresso no sentido de uma transforma??o demográfica. Na verdade, os elevados níveis de fecundidade parecem ter aumentado ainda mais. Em 2011, o índice de fecundidade foi estimado numa média de 5,9 filhos por mulher, um dos índices mais altos do mundo. Este desafio é imenso, mas igualmente imensa é a oportunidade. A análise do Banco Mundial estima que a redu??o dos níveis de fecundidade, o investimento em competências e empregos produtivos representaria um enorme impulso para a prosperidade: um aumento estimado do PIB real per capita de 31 por cento até 2050. Para alcan?ar isto, e transformar o desafio demográfico numa oportunidade económica, Mo?ambique tem que promover activamente políticas que despoletem a transi??o demográfica, através de oportunidades de emprego para a mulher e melhores servi?os de planeamento familiar para atrasar a eclos?o de casamentos prematuros. Exige ainda um enfoque mais direccionado na capacita??o dos jovens e uma economia que cres?a ao mesmo tempo que gera empregos produtivos para a próxima gera??o de Mo?ambicanos. 


COMUNICADO ? IMPRENSA N? 2018/075/AFR

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