Tens?es comerciais e ampla oferta nos mercados de commodities n?o energéticas influenciam os pre?os
WASHINGTON, 29 de outubro – Tens?es crescentes no comércio global influenciam os pre?os das commodities n?o energéticas e levam a revis?es em baixa das previs?es de pre?os para 2019, afirma o Banco Mundial.
A previs?o de pre?os para o petróleo em 2019 é de US$ 74 em média por barril, ligeiramente acima da média projetada de US$ 72 por barril em 2018, enquanto os pre?os dos metais devem permanecer amplamente estáveis em 2019, afirma o Banco Mundial na edi??o de outubro de seu relatório Commodity Markets Outlook [Perspectivas dos mercados de commodities].
Segundo previs?es, os pre?os das commodities energéticas – que incluem o petróleo, o gás natural e o carv?o – devem ficar em média 33,3% mais altos em 2018 do que no ano anterior, mas devem em geral estabilizar em 2019, diz o Banco Mundial. O crescimento da produ??o de petróleo dos EUA deve ser robusto ao passo que a produ??o de petróleo do Ir? e da Venezuela deve apresentar perdas. A demanda global deve permanecer estável.
Os pre?os das commodities agrícolas, incluindo alimentos e matéria-prima, apresentam uma tendência de leve declínio em 2018, em meio a oferta ampla e tens?es comerciais, com aumento posterior de 1,6% em 2019.
O índice dos produtos metálicos deve subir 5,4% este ano, com queda modesta em 2019. Essa queda pode vir a ser maior que o esperado se as fric??es do comércio global se intensificarem.
“Uma nova escalada das restri??es comerciais entre as principais economias pode levar a perdas comerciais, com efeito cascata nos custos do comércio via cadeias de valor globais”, disse Shanta Devarajan, Diretor Sênior para Economia do Desenvolvimento e Economista Chefe em exercício do Banco Mundial. “Quaisquer revezes no crescimento das principais economias pode ter repercuss?es negativas significativas para o resto do mundo pelos canais de comércio, confian?a, financeiros e dos mercados de commodities”.
A imposi??o de tarifas tanto abrangentes como sobre commodities específicas neste ano reduziram e desviaram os fluxos de comércio; amplificaram as diferenciais de pre?os entre alguns países no que diz respeito a algumas commodities, como a soja, o a?o e o alumínio; e, de uma maneira geral, suscitaram preocupa??es de perspectivas de crescimento e do comércio global mais fracas, afirma o Banco Mundial no relatório.
“A perspectiva para os pre?os das commodities s?o altamente incertas tendo em vista uma série de riscos relacionados com políticas, que incluem a possibilidade de tarifas ou san??es adicionais”, afirma Ayhan Kose, diretor do Grupo de Perspectivas da Economia do Desenvolvimento do Banco Mundial. “Além disso, a demanda de commodities industriais tem probabilidade de modera??o nos próximos anos. Um grande número de mercados emergentes e economias em desenvolvimento dependem de matéria-prima para receitas públicas e de exporta??o, e, portanto, deveriam buscar fortalecer suas estruturas de políticas e reestabelecer amortecedores fiscais”.
Uma se??o com foco especial examina a mudan?a nos padr?es da demanda por commodities industriais – energia e metais – e suas implica??es para as economias em desenvolvimento. Nos últimos 20 anos, a demanda de commodities aumentou subitamente, em parte, devido à demanda da China. Com o amadurecimento da economia chinesa e a mudan?a para atividades menos baseadas em commodities, o crescimento da demanda de energia e metais deverá provavelmente desacelerar.
“A desacelera??o do crescimento do consumo de commodities provavelmente atenuaria os pre?os”, afirma John Baffes, Economista Sênior e principal autor do Commodity Markets Outlook. “Além disso, outros fatores, como avan?os tecnológicos, mudan?a nas preferências de consumo, preocupa??es ambientais e políticas que incentivam combustíveis mais limpos poderiam levar a quedas mais acentuadas no uso de algumas commodities do que as tendências atuais indicam”.
