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Brasil: aspectos gerais

O Brasil tem uma popula??o de 203 milh?es de pessoas, com um PIB real per capita de US$ 8.802 em 2022. ? um país federal composto pela Uni?o (governo federal), 26 estados (mais o Distrito Federal) e mais de 5.500 municípios. Embora seja um país altamente diversificado, as discrimina??es de ra?a e de gênero seguem limitando as oportunidades de muitos indivíduos e famílias que vivem em um ciclo intergeracional de pobreza.

A popula??o brasileira vive em múltiplos ecossistemas espalhados por 8,5 milh?es de km? (aproximadamente do tamanho da parte continental dos Estados Unidos), com diferen?as acentuadas em ra?a, história, cultura e indústria, manifestando muitos "Brasis". O ?ndice de Capital Humano (ICH) geral do país mostra que as crian?as brasileiras nascidas hoje ter?o, como adultos, apenas 55% da produtividade que teriam se contassem com acesso total a oportunidades de saúde e educa??o de qualidade. Levando em conta o desemprego adulto, a produtividade cai para 33%, significando que 67% do talento do Brasil é perdido.

Afro-brasileiros e povos indígenas têm menos acesso a escolas e servi?os de saúde de boa qualidade do que os brancos, e as mulheres enfrentam discrimina??o no emprego, o que limita seu potencial de ganhos em compara??o com os homens. Mesmo antes da COVID, algumas áreas do Brasil tinham um ICH em torno de 40% (por exemplo, nas regi?es Norte e Nordeste), semelhante ao que pode ser encontrado na ?frica Subsaariana, enquanto outras (por exemplo, no Sudeste, regi?o mais rica do Brasil) tinham níveis de ICH em torno de 70%, equiparáveis aos países da Organiza??o para a Coopera??o e Desenvolvimento Econ?mico (OCDE).

O PIB real do Brasil expandiu 2,9% em 2023, impulsionado por um robusto consumo privado, ainda apoiado por um forte mercado de trabalho e estímulo fiscal às transferências sociais, e por um ambiente externo favorável que beneficiou as exporta??es. Em 2024, espera-se que o PIB cres?a 1,7%, impulsionado pelos efeitos retardados do aperto monetário e um menor efeito de arrasto para o ano. A infla??o chegará gradualmente a 3,5% até 2025, ligeiramente acima da meta do Banco Central, de 3% (+/- 1,5 pontos percentuais), mas permitindo um alívio gradual da política monetária e contribuindo para uma recupera??o do crescimento em 2025 (2,2%).

Adiante, espera-se que o crescimento real do PIB modere para cerca de 2% no médio prazo. A pobreza, medida pela linha per capita de US$ 6,85 por dia, diminuiu de 23,5% em 2022 para 21,3% em 2023, explicada por melhorias nas condi??es econ?micas e políticas de prote??o social, como o programa Bolsa Família.

Os buffers macroecon?micos do Brasil permanecem sólidos, com grandes reservas internacionais, baixa dívida externa, um Banco Central crível, um sistema financeiro resiliente e flexibilidade cambial. Além disso, o Brasil iniciou a primeira fase de uma reforma (há muito esperada) dos impostos indiretos, cuja legisla??o adicional será elaborada em 2024. A reforma tributária indireta deve melhorar o ambiente de negócios por meio da simplifica??o tributária e, consequentemente, impulsionar a produtividade.

No entanto, o déficit primário do governo geral atingiu 2,3% do PIB em 2023, ante um superávit de 1,2% em 2022, enquanto a dívida está em 74,3% do PIB, acima dos 71,7% em 2022. Os desafios estruturais para a economia brasileira incluem um sistema tributário ainda complexo; um ambiente de negócios oneroso, que desencoraja o empreendedorismo; baixa poupan?a e investimentos em infraestrutura; e integra??o limitada nos mercados globais, o que freia a inova??o e prejudica a competitividade. Desafios relacionados ao envelhecimento, particularmente em saúde e pens?es, projetam-se para pressionar as finan?as públicas.

Alcan?ar níveis mais altos de produtividade e crescimento sustentável permanece um desafio chave que se tornou mais urgente e exigirá a??es mais ousadas. O crescimento da produtividade na manufatura e servi?os está estagnado há 20 anos e as proje??es de crescimento permanecem abaixo dos pares de países de renda média alta. Enquanto o setor agrícola registrou ganhos de produtividade (por meio de investimentos em inova??o, tecnologia e logística comercial, bem como incentivos governamentais específicos do setor) e sustentou a posi??o do Brasil como o terceiro maior exportador agrícola e alimentar do mundo, parte desse sucesso dependeu de métodos de cultivo extensivos que amea?am biomas importantes e a biodiversidade.

No geral, agora está claro que o Brasil n?o pode depender de altas nos pre?os das commodities e maiores insumos de terra e trabalho para alcan?ar o status de alta renda. Em vez disso, precisa passar da acumula??o de fatores para um modelo de crescimento liderado pela produtividade de baixo carbono, que seja impulsionado por educa??o de alta qualidade e infraestrutura moderna, incluindo digital, para criar mais e melhores empregos. O Brasil também poderia atuar como um hub global de inova??o por meio de mais competi??o, maior abertura ao comércio e integra??o com cadeias de valor regionais e globais.

Um ambiente de negócios mais propício atrairia maiores investimentos privados em indústrias e na transi??o climática. Apesar do desenvolvimento do sistema financeiro, s?o necessários mais avan?os para aumentar sua eficiência. Finalmente, o Brasil poderia capacitar toda a for?a de trabalho para contribuir e se beneficiar ainda mais, especialmente eliminando as barreiras sistêmicas que limitam a acumula??o de capital e as oportunidades de emprego entre afro-brasileiros, povos indígenas, mulheres e jovens.

Além disso, os recursos naturais do Brasil posicionam-no bem para explorar novas oportunidades de crescimento neste momento em que o mundo se desloca para setores econ?micos e mercados de baixo carbono. Levando-se em conta que três quartos das emiss?es de gases de efeito estufa (GEE) do Brasil resultam de mudan?as no uso da terra e da agricultura, é uma prioridade parar o desmatamento e fazer a transi??o para uma agricultura de baixo carbono.

A Floresta Amaz?nica está agora perto de um ponto de inflex?o, além do qual pode n?o gerar chuvas suficientes para sustentar seu próprio ecossistema ou a agricultura, a hidroeletricidade, o abastecimento de água e as indústrias que impulsionaram o crescimento do Brasil nem os servi?os ambientais que fornece ao resto da América Latina e do Caribe, bem como ao resto do mundo. Os esfor?os para parar o desmatamento na Amaz?nia n?o podem resultar em mais desmatamento em outros biomas como o Cerrado, pois eles também s?o importantes por raz?es semelhantes.

O setor agrícola tem espa?o para reduzir o desmatamento e aumentar o uso da terra de modo a enfrentar as mudan?as do clima, enquanto aumenta ainda mais a produtividade. Além disso, dada a matriz energética de baixo carbono, o Brasil pode descarbonizar o transporte, a indústria e as cidades a um custo líquido muito reduzido, de cerca de 0,5% do PIB por ano acima dos atuais, em média, entre agora e 2050. Fazer isso posicionaria o Brasil extremamente bem para integrar seus negócios na economia verde do futuro.

Progressos significativos est?o ao alcance, mas requerem urgência. O governo atual trouxe vontade política renovada, uma forte agenda de reformas e programas de desenvolvimento ambiciosos para combater a fome e a desigualdade, promover a justi?a social, reindustrializar o Brasil e abra?ar uma economia mais verde. Está comprometido em alcan?ar zero desmatamento ilegal até 2030 e lan?ou um ambicioso Plano de Transforma??o Ecológica (ETP) para promover o desenvolvimento inclusivo e sustentável, ao mesmo tempo que enfrenta as mudan?as climáticas. Os objetivos do ETP s?o impulsionar a produtividade e gerar empregos verdes bem remunerados, reduzir a pegada ambiental da economia e promover o desenvolvimento equitativo por meio de uma melhor distribui??o de renda e benefícios.

Além disso, progressos significativos exigir?o esfor?os sustentados e forte ades?o entre os principais atores, incluindo o setor privado, de uma forma que transcenda divis?es políticas e ciclos eleitorais. Se bem-sucedidos, os programas, políticas e reformas adotados agora ajudariam a fortalecer a estrutura produtiva do Brasil e as inova??es tecnológicas no curto prazo, ao mesmo tempo que gerariam bases mais sólidas para o longo prazo.

?ltima atualiza??o: 5 de abril de 2024

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